Combatendo as enchentes com inovação e compromisso. Foto: Fabiano Rocha/Agência O Globo

Todos os prefeitos negligenciam as obras subterrâneas, por mais que elas sejam mais importante que o asfaltamento de ruas. Com isso, nós temos ruas que estão com as mesmas manilhas há mais de 100 anos. Mas aí muita gente vai me dizer:

Rodrigo, estão sendo feitas obras no bairro Grande Rio.

Obras insuficientes! Digo isso com toda a certeza. Durante a obra que está sendo feita lá, o bairro quase inteiro alagou como se nada tivesse sido feito. Tanto que uma parte da tubulação teve que ser refeita. Culpa do governo do estado que fez porcaria na região e da classe política que bateu palmas e nem quis saber para o que estava sendo feito ali.

Outra coisa, por mais que tenha chovido o maior volume de chuva dos últimos tempos nesse mês de janeiro e por mais que essas obras sejam supostamente de qualidade (algo que eu afirmo que NÃO É), eu digo que elas são insuficientes por atenderem apenas um bairro sendo que aquilo ali deveria ter sido feito na cidade toda. A cidade possui 21 bairros e 3 distritos. Fazer por um bairro é interessante para o cabo eleitoral do Dr João/Cláudio Castro que pediu votos para eles em troca dessa obra, reconheço que esse rapaz luta, mas luta pelo bairro dele, tanto que nenhum outro bairro viu obras como essa.

Resultado: com poucos minutos de chuva, a cidade vira um caos.

Vimos também que até hoje, por mais que seja uma via de ligação ao próprio bairro Grande Rio, a Avenida Presidente Kennedy na altura do Campo do Éden tem um largo que alaga toda chuva e os carros/ônibus tem que desviar o trânsito pela Vila Jurandir em todo temporal que abre. É uma vergonha isso. Nenhum prefeito nunca teve a coragem de resolver isso.

A prefeitura já deveria ter quebrado aquele pedaço da rua e ter refeito toda parte de esgoto que passa por ali. Tem uma galeria de águas pluviais que passa na extensão da rua, nem precisaria fazer algo de outro mundo.

Também precisamos falar sobre a situação daqueles que moram as beiras do Rio Pavuna. Por mais que o deputado estadual Léo Vieira consiga trazer as máquinas do governo do estado para dragar toda vez ali, eu digo uma coisa que pode parecer coisa de maluco: enquanto não houver uma ação para tratar o esgoto jogado in-natura no rio e até mesmo para despoluição dali, toda chuva aquele rio vai transbordar e vão encher as ruas do Centro de São João de Meriti e da Pavuna.

Isso demandaria uma ação conjunta com o prefeito de São João de Meriti, o prefeito do Rio de Janeiro e o governador do estado. Despoluição de rio não é vaidade, é algo que vai mudar até para a saúde da população. Mas isso é assunto para outro artigo.

Despejo de lixo irregular é um tema que muitos políticos evitam abordar porque tira votos, mas como eu não estou preocupado em ganhar ou perder votos irei falar abertamente: tanto a prefeitura quanto uma parcela da sociedade erram e contribuem para que esse problema exista. Lixo nas ruas é algo que contribui para as enchentes e boa parte dos entulhos jogados nas ruas são culpa dos carroceiros de lixo.

Por mais que exista lei proibindo carroceiros com tração animal, precisa de uma lei que proíba de fato os carroceiros de lixo que são aqueles que por 30 à 50 reais sujam uma área toda de entulho porque a pessoa não quer chamar o Alô Entulho, ou melhor, nem pode chamar o Alô Entulho porque aqui em São João de Meriti essa gestão acabou com o serviço. Possivelmente para deixar o povo na mão dos vereadores. Os vereadores que não querem acabar com os carroceiros de lixo e muito menos querem deixar de ter frota particular para retirar lixo (pensando bem, uma coisa tá casada na outra) só contribuem para enchentes como essa que vimos aqui no dia de hoje.